FISIOTERAPIA

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Toque de carinho

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Fisioterapia Neonatologia e Pediatria: ESTRESSE NA UTI NEONATAL: A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE...

Fisioterapia Neonatologia e Pediatria: ESTRESSE NA UTI NEONATAL: A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE...: Manoel de Carvalho (RJ) XXXI Congresso Brasileiro de Pediatria, em Fortaleza (outubro/2000) Reprodução realizada pela Dra. Thayssa, Resi...

ESTRESSE NA UTI NEONATAL: A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE DA UTI NEONATAL NA ASSISTÊNCIA A RECÉM-NASCIDO DE RISCO



Manoel de Carvalho (RJ)
XXXI Congresso Brasileiro de Pediatria, em Fortaleza (outubro/2000)
Reprodução realizada pela Dra. Thayssa, Residente do 3°Ano da Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul e Revisado  pelo Dr. Paulo R. Margotto


Influência do stress sobre os profissionais de saúde
Fatores que desencadeiam esse stress:
-        Gravidade do RN
-        Excesso de trabalho
-        Conflito interprofissional
-        Pais do RN (não fomos treinados para cuidar deles)
-        Novas tecnologias (toda semana temos novidades)
-        Número reduzido de Staffs e Equipe multiprofissional
-        Morte do RN
O stress entre neonatologistas é muito mais forte do que nós imaginamos
-        34%  moderado
-        16% severo
-        20% já relacionada ( nos últimos 5 anos)

Causas do stress entre enfermeiras
-        morte do RN -  29%
-        excesso de trabalho - 17%
-        conflito profissional - 12%

Obs. 35% sofreram de patologias relacionadas ao stress:
-     cefaléia constante
-        diarréia
-        cólicas
-        hipertensão arterial  

Entre os Neonatologistas, as fontes de  stress também geram
-        conflito intra profissional - 41%
-        fadiga -  36%
-        depressão - 36%
-        incompetência (sentimento de que poderia ter feito melhor) - 25%
Numa pesquisa Australiana entre enfermeiros e médicos neonatologistas, evidenciou-se que 32% dos enfermeiros e 27% dos médicos sofrem de uma "disfunção psicológica", (apenas 19% da população, em geral, sofreria dessa disfunção).
Essa relação do stress, criou-se um termo chamado "Burnout", que significa explosão. Para os intensivistas é nada mais que uma síndrome, bem caracterizada e expressa por
-        perda da motivação
-        fadiga crônica
-        cefaléia e resfriados freqüentes
-        depressão
-        irritabilidade
-        ansiedade
Calcula-se hoje que 1/3 dos médicos e enfermeiros são acometidos pelo "Burnout" dentro da UTI neonatal.
Não é de se estranhar, que num ambiente tão estressante, o erro médico seja mais freqüente, do que nós realmente gostaríamos.

Repercussões do stress na UTI Neonatal para o RN
Excesso de barulho
            Não nos damos conta do quão barulhenta é a nossa Unidade (rádio, conversa, risos, piadas)
            A  Associação americana de Pediatria (1997) recomenda que o nível de ruído em UTI neonatal deve ser de
-        55dB durante o dia
-        35dB durante a noite
Na verdade, esses dados são bem inferiores aos níveis reais de ruído em UTI neonatal que giram em torno de  50-88dB (ruído de um motor de ônibus)
Ruídos entre 70-80dB, são capazes de causar alterações fisiológicas:
-        apnéia
-        bradicardia
-        desaturação
-        hipertensão
-        aumento do fluxo sangüíneo cerebral
Recomenda-se, portanto, tampões de ouvido para RN com muita  labilidade. Esses ruídos (70-80dB) também causam alterações psicológicas
-        irritabilidade
-        sono
-        stress
-        função intelectual
-        personalidade

 ...www.paulomargotto.com.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Método Canguru

O Método Canguru é uma metodologia de abordagem humanizada ao Recém Nascido de baixo peso e seus familiares. Estimula a aproximação da família com o novo membro que acaba de chegar. 

O método veio contribuir com os cuidados do pequenino desde sua passagem nas UTIN até a inserção no seio familiar. É uma importante ferramenta no desenvolvimento neurológico, motor, e psicossocial da criança.


O METODO CANGURU DIVIDE-SE EM 3 ETAPAS:


PRIMEIRA ETAPA
Período que se inicia na gestação do pré-natal de auto-risco seguido da internação do RN na Unidade Neonatal. Nessa etapa, os procedimentos deverão seguir os seguintes cuidados específicos:
·       Acolher os pais e a família na Unidade Neonatal
·       Esclarecer sobre as condições de saúde do RN e sobre os cuidados dispensados, sobre a equipe, as rotinas e o funcionamento da Unidade Neonatal
·       Estimular o livre e precoce acesso dos pais a Unidade Neonatal, sem restrições de horários
·       Propiciar sempre que possível o contato com o bebê
·       Garantir que a primeira visita dos pais seja acompanhada pela equipe de profissionais
·       Oferecer suporte para a amamentação
·       Estimular a participação do pai em todas as atividades desenvolvidas na Unidade
·       Assegurar a atuação dos pais e da família como importantes moduladores paea o bem-estar do bebê
·       Comunicar aos pais as peculiaridades do seu bebê e demonstrar continuamente as suas competências
·       Garantir a puérpera a permanência na unidade hospitalar pelo menos nos primeiros 5 dias, oferecendo suporte assistencial adequado
·       Diminuir os níveis de estímulos ambientais adversos da Unidade Neonatal, tais como odores, luzes e ruídos
·       Adequar o cuidar de acordo com as necessidades individuais comunicadas pelo bebê
·       Garantir ao bebê medidas de proteção do estresse e da dor
·       Utilizar o posicionamento adequado do bebê, propiciando maior conforto, organização e melhor padrão de sono, favorecendo assim o desenvolvimento adequado
·       Assegurar a permanência da puérpera, durante a primeira fase:
o   Auxilio transporte, para a vinda diária à unidade pelos estados e/ou municípios
o   Refeições durante a permanência na unidade pelos estados e/ou municípios
o   Assento adequado para a permanência ao lado do seu bebê e espaço que permita o seu descanso
o   Atividades complementares



FONTE: medicinaintensiva.com.br



SEGUNDA ETAPA
Nesta fase o bebê permanece de forma contínua com sua mãe e a posição canguru será realizada pelo maior tempo possível.
Esta fase exige alguns critérios de elegibilidade segundo o Ministério da Saúde:
          DO BEBÊ: estabilidade clínica, nutrição enteral plena (peito, sonda gástrica ou copo), peso mínimo de 1.250g. Este último pode ser para mais ou menos dependendo da avaliação e necessidade do candidato.
          DA MÃE: desejo, disponibilidade e rede social de apoio, consenso entre mãe, família e equipe de profissionais, capacidade de reconhecer as situações de estresse e as situações de risco do recém-nascido, conhecimentos e habilidade para manejar o bebê em posição canguru.
O bebê receberá alta desta fase quando:
  • 1.     A mãe segura, psicologicamente motivada, bem orientada e familiares conscientes quanto ao cuidado domicilia do bebê
  • 2.     Compromisso materno e familiar para a realização da posição canguru pelo maior tempo possível
  • 3.     Peso mínimo de 1.600g
  • 4.     Ganho de peso adequado nos três últimos dias que antecederem a alta
  • 5.     Mama exclusiva, em situações especiais familiares habilitados a complementar a dieta do bebê
  • 6.     Assegurar acompanhamento ambulatorial até o peso de 2.500g
  • 7.     A primeira consulta deverá ser realizada em ate 48hs da alta hospitalar e as demais no mínimo uma vez por semana 
  • 8.     Garantir  atendimento na unidade hospitalar de origem, a qualquer momento, até a alta da terceira etapa

TERCEIRA ETAPA
Esta fase se caracteriza pelo acompanhamento da criança e da família no ambulatório e/ou no domicílio até atingir o peso de 2.500g, dando continuidade a abordagem biopsicossocial. 

FONTE: Roraima notícias


FONTE: Manual técnico de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso: Método Canguru.